Os Contos de Fadas
Princesas, fadas, bruxas, dragões, anões, ogros, gigantes, e muitos outros personagens encantados vivendo em um tempo compreendido entre o “Era umavez...” e o “... viveram felizes para sempre.”, em um tempo mágico, que encanta, fascina e nos transporta para um mundo diferente: o mundo da imaginação.
Que tempo é este? Qual é o tempo de “Era uma vez”?
Na verdade, este é um tempo sem tempo, um espaço sem espaço, que só faz sentido na dimensão do imaginário.
Quando ouvimos um conto de fadas, sejamos nós adultos ou crianças, temos uma experiência única, particular, que se constrói em nossa imaginação, no momento da narração, e nos transporta magicamente para “lá”, para o tempo do“Era uma vez...”. .
“Lá”, onde tudo é possível, onde vovós saem vivas da barriga do lobo, abóboras viram carruagens e princesas adormecidas por cem anos acordam com o beijo de um príncipe.
Assim são os contos de fadas. Suas histórias instigantes são impossíveis de serem explicadas pelos padrões da razão, da nossa lógica. .
E justamente pelos “absurdos” que relatam, provocam nossa mente, que estimulada, se esforça na tentativa de compreender, de explicar cada conto. Este esforço funciona como uma chave, que num “click”, abre para nós o mundo da imaginação que todos trazemos adormecidos, num cantinho do cérebro, bem guardadinho, só esperando para ser acordado.
A Pedagogia Waldorf estimula o contato das crianças com os contos de fadas, e os considera fundamentais a partir dos 3, 4 anos de idade. .
Neste período da vida da criança, as primeiras características do pensar se ampliam, mostrando pensamentos nem sempre fiéis à realidade exterior, é o grande “boom” da fantasia infantil. Os contos de fadas, no primeiro setênio, são verdadeiros alimentos para a alma..
Existem profissionais de educação que afirmam que as personagens boas e más sempre bem distintas, os obstáculos que elas enfrentam e os desfechos que não trazem finais felizes para todos, contribuem para a formação da personalidade, para o equilíbrio, para o bem-estar, para a sabedoria e até para a felicidade da criança. .
Pois, para estes profissionais, todos os problemas e ansiedades infantis, como a necessidade de amor, o medo do desamparo, da rejeição e da morte, são colocados nos contos de fadas em lugares fora do tempo e do espaço, mas muito reais para as crianças.
A criança identifica-se com os personagens.
Ora mais com um, e mais tarde mais com outro, de acordo com o momento da vida pelo qual ela está passando. Como também pode associar determinado personagem a outras pessoas importantes de sua vida.
Muitas vezes, ela pede a repetição do conto, quando então, revive sentimentos que vão sendo trabalhados a cada repetição, ampliando os significados aprendidos ou substituindo-os por outros mais eficientes, conforme as necessidades do momento.
Cada criança absorve suas próprias lições dos contos de fadas.
Sendo assim, não cabe aos pais introduzirem os contos de fadas na vida das crianças com um objetivo didático, nem tentar lhes passar as lições que o conto traz, pois estas são individuais.
Cabe aos pais escolher uma boa história e contá-la sem pressa, se entregando de alma e coração ao conto. O próprio conto depois se encarrega do resto.
As crianças que embarcam na grande aventura e fantasia de ir para “lá”, para o tempo do “Era uma vez...” e do “... viveram felizes para sempre.”, crescem mais otimistas, sensíveis e confiantes.
Afinal, acreditar que se pode viver feliz para sempre, torna a vida real cheia de finais felizes. Seja você também Feliz para Sempre!
Leia e conte Contos de Fadas!