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DISCALCULIA



A matemática para algumas crianças ainda é um bicho de sete cabeças. Muitos não compreendem os problemas que a professora passa no quadro e fica muito tempo tentando entender se é para somar, diminuir ou multiplicar; não sabem nem o que o problema está pedindo. Alguns, em particular, não entendem os sinais, muito menos as expressões. Contas? Só nos dedos e olhe lá.
Em muitos casos o problema não está na criança, mas no professor que elabora problemas com enunciados inadequados para a idade cognitiva da criança.

A discalculia é um dos transtornos de aprendizagem que causa a dificuldade na matemática. Este transtorno não é causado por deficiência mental, nem por déficits visuais ou auditivos, nem por má escolarização, o portador de discalculia comete erros diversos na solução de problemas verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na compreensão dos números.

Tipos de discalculia:

1. Discalculia Verbal -
dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações.
2. Discalculia Practognóstica - dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matematicamente.
3. Discalculia Léxica - Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos.
4. Discalculia Gráfica - Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos.
5. Discalculia Ideognóstica – Dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos.
6. Discalculia Operacional - Dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos.


A criança com discalculia é incapaz de:

• Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;
• Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas.
• Sequenciar números: o que vem antes do 11 e depois do 15 – antecessor e sucessor.
• Classificar números.
• Compreender os sinais +, - , ÷, ×.
• Montar operações.
• Entender os princípios de medida.
• Lembrar as sequências dos passos para realizar as operações matemáticas.
• Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras.
• Contar através dos cardinais e ordinais.


Quais os comprometimentos?

• Organização espacial;
• Autoestima;
• Orientação temporal;
• Memória;
• Habilidades sociais;
• Habilidade grafa motoras;
• Linguagem/leitura;
• Impulsividade;
• Inconsistência (memorização).


Dicas para o professor:

• Não force o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido;
• Explique a ele suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que precisar;
• Procure usar situações concretas, nos problemas.


Distúrbios que poderiam interferir nesta aprendizagem:

• Distúrbios de memória auditiva:
- Problemas de reorganização auditiva: a criança reconhece o número quando ouve, mas tem dificuldade de lembrar-se do número com rapidez.

• Distúrbios de leitura:
- Distúrbios de percepção visual: a criança pode trocar 6 por 9, ou 3 por 8 ou 2 por 5 por exemplo. Por não conseguirem se lembrar da aparência elas têm dificuldade em realizar cálculos.

• Distúrbios de escrita:
- Crianças com disgrafia têm dificuldade de escrever letras e números.


Ajuda do profissional:

Um psicopedagogo pode ajudar a elevar sua auto-estima valorizando suas atividades, descobrindo qual o seu processo de aprendizagem através de instrumentos que ajudarão em seu entendimento. Os jogos irão ajudar na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem.
Recomendam-se pelo menos três sessões semanais.
O uso do computador é bastante útil, por se tratar de um objeto de interesse da criança.


O que ocorre com crianças que não são tratadas precocemente?

• Comprometimento do desenvolvimento escolar de forma global
• O aluno fica inseguro e com medo de novas situações
• Baixa auto-estima devido a críticas e punições de pais e colegas
• Ao crescer o adolescente / adulto com discalculia apresenta dificuldade em utilizar a matemática no seu cotidiano.


Bibliografia:

CARRAHER, Terezinha Nunes (Org.). Aprender Pensando. Petrópolis, Vozes, 2002.

19 de mar. de 2011

DISLALIA

O que é Dislalia?
“Dislalia é a má formação da articulação de fonemas, dos sons da fala”.

Não é um problema de ordem neurológica, mas de ordem funcional, orgânica ou audiógena.
Este som alterado pode se manifestar de diversas formas, havendo distorções, sons muito próximos, mas diferentes do real, transposições na ordem de apresentação dos fonemas (dizer mánica em vez de máquina, por exemplo), e, por fim, acréscimos de sons. Estas alterações mais comuns caracterizam uma dislalia.

A dislalia pode ser fonética, quando o problema se apresenta somente na alteração constante de fonemas, mas, a criança conhece o significado da palavra, ou fonológica, quando a criança simplesmente não ordena de modo estável os sons de sua fala. Para evitar tais problemas, a Fonoaudiologia deve ser também preventiva nos primeiros anos de vida da criança.

Tipos de dislalia
*Funcional: é a mais frequente e se caracteriza incorretamente o ponto e modo de articulação do fonema.

*Orgânica: faz com que a criança tenha dificuldades para articular determinados fonemas por problemas orgânicos. Quando apresentam alterações ou alguma má formação ou anomalias nos órgãos da fala.

*Audiógena: se caracteriza por dificuldades por problemas auditivos. A criança se sente incapaz de pronunciar corretamente os fonemas porque não ouvem bem.

Muitos fatores podem influir para que dislalias venham a surgir:
*Crianças que usam a chupeta por muito tempo;
*Que mamam na mamadeira por tempo prolongado;
*E aquelas que chupam dedo.
Recadinho para os Professores

-Repetir somente a palavra correta para que a criança não fixe a forma errada que acabou de pronunciar.

- É importante que o professor articule bem as palavras, fazendo com que as crianças percebam claramente todos os fonemas.
Assim que perceber alterações na fala de um aluno, o professor deve evitar criar constrangimentos em sala de aula ou chamar a atenção para o fato. O recomendável é que não se espere muito tempo para avisar a família e procurar um fonoaudiólogo.

- Uma criança que falta às aulas regularmente por problemas de audição, como otites frequentes, requer maior atenção.

- Os professores devem ser bem orientados em relação a estes fatores e, para isto, é preciso que haja interação entre eles e os fonoaudiólogos.

- O ato da fala é um ato motor elaborado e, portanto, os professores devem trocar informações com os educadores esportivos e professores de Educação Física, que normalmente observam o desenvolvimento psicomotor das crianças.

- O ideal é que a criança faça uma avaliação fonoaudiológica antes de iniciar a alfabetização, além de exames auditivos e oftalmológicos.

Quando a dislalia começa
Quando uma criança menor de 4 anos apresenta erros na pronúncia, é considerado como normal, uma etapa no desenvolvimento da linguagem infantil. Nessa etapa, não se aplica tratamentos, já que sua fala está em fase de maturação. No entanto, se os erros na fala se mantém depois dos 4 anos, deve-se consultar um especialista em audição e linguagem, um fonoaudiólogo, por exemplo.

Uma recomendação fundamental para impedir o desenvolvimento da dislalia é para que os pais e familiares do dislálico não fiquem achando engraçadinho quando a criança pronuncia palavras de maneira errada, como “Tota-Tola”, ao invés de “Coca-Cola”.

No desenvolvimento da primeira infância, é natural que a criança troque certos fonemas e fale, por exemplo, “papo”, ao invés de sapo. Porém, os pais têm que estar sempre atentos desde a emissão das primeiras palavras de seus filhos. Dessa forma, os desvios são detectados e sanados mais cedo. “Se aos dois anos e meio a criança não é capaz de conjugar duas palavras na intenção de uma frase, mesmo que isso esteja longe da estrutura gramatical da Língua, os pais devem ficar alertas. E se aos três anos ela ainda tem dificuldade de expressar-se de maneira satisfatória e clara, e há troca de fonemas, é recomendável a avaliação de um fonoaudiólogo”.

Durante a alfabetização, a criança pode ou não levar o seu desvio oral para a grafia, o desvio fonológico não é pré-condição de uma alteração de leitura e escrita, embora não seja aconselhável chegar nessa fase escolar com o padrão de linguagem fora do normal.

A terapia fonoaudiológica é recomendável quando o desvio persiste e está muito fora do padrão linguístico. No tratamento não se realizam somente exercícios articulatórios, mas também a interação da criança com a linguagem, através de cantigas, jogos de rima, brincadeiras lúdicas e educativas. O objetivo principal é que a criança tenha a consciência fonológica e a organização vocabular.

9 de mar. de 2011

MORANGO...

O MORANGO E VOCÊ
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Se você é um adorador de morangos incorrigível, não pode deixar de ler esta matéria, pois descobrirá que, além de saboroso, este fruto apresenta propriedades terapêuticas interessantes.

Conhecido também pelo nome de Fragária ou Fragária-Rósea, o morango já era cultivado em hortas européias desde o século XV.

Em relação ao seu cultivo, temperaturas quentes são as mais indicadas no período de crescimento das folhas; e, na fase da floração e da frutificação, o frio é o ideal. Gosta de terrenos areno-argilosos, com muita matéria orgânica e baixa acidez. E dão-se bem quando plantado na companhia da alface, do tomate ou do espinafre.
Obs.: Por causa de suas propriedades, deve ser evitado pelos obesos, diabéticos e por aqueles que têm tendência a apresentar urticárias.
Propriedades Terapêuticas
Este fruto apresenta propriedades diuréticas, adstringentes, antitílica, eu péptica, antianêmica, vulnerária, neurotônica.

Indicações

Folhas
Podem ser utilizadas no combate a:

* Diarréias Crônicas

Uso Interno: chá por decocção, 20 gramas de folhas frescas para 1/2 litro de água, que deve ser fervida até ser reduzida pela metade.
Tomar uma colher (sopa) desse líquido duas vezes ao dia.


* Ulcerações e Feridas

Uso Externo: folhas trituradas, sob a forma de cataplasma, aplicada duas vezes ao dia.